#Sao Joao del Rei
Trem de ler: Arvorear
Entre uma parede e outra, árvores crescem no Centro Cultural da UFSJ (CCUFSJ). As plantas espelham, em certa medida, as ramificações da existência humana. Essa é a proposta da exposição “Arvorear”, que vai ser inaugurada no CCUFSJ nesta quinta-feira (11), às 20h.
Coletânea do belo-horizontino Braulio Bittencourt, a mostra tem 35 pinturas inéditas, e cerca de outras 15 já expostas na Galertia Otto Cirme, em BH.
Arvorear reúne telas de pequenas dimensões que podem ser visitadas pelo público até 25 de fevereiro, todos os dias da semana, das 8h às 20h. A entrada é gratuita e o CCUFS fica ao lado do Largo do Carmo.
Para chegar ao resultado da mostra, o artista cultivou quatro anos de trabalho. Nesse período, ele desenvolveu uma técnica que semeia diferentes materiais em suas composições. Tinta acrílica, esmalte, óleo, gesso e folha de ouro revelam o traçado livre de Bittencourt.
“O conjunto traz obras abstratas, mas que tangenciam o figurativo, numa abordagem em que o artista expressa livremente o seu desejo de ‘arvorear’. Sem preocupações com regras para abordar a essencialidade da estrutura, o abrir dos galhos, o desfolhamento, o florescimento”, conta Bittencourt.
Segundo o artista, “arvorear” é um termo que se refere a árvore, embora também possa ser visto como uma metáfora para existência humana. Condição da força de crescer que revela a ligação entre o homem e o cosmos.
“A árvore é fonte de inspiração para um mergulho existencial no ciclo de mutações, na questão da transitoriedade, num esforço de integração do sentir e do expressar, na busca da conexão céu-terra”, reflete Bittencourt.
De São João del-Rei, Arvorear segue para Brasília. A exposição ficará em cartaz no na Câmara dos Deputados, com previsão de estreia em novembro deste ano.
Bittencourt das Árvores
Artista autodidata, Bittencourt é formado em Economia pela UFMG e é mestre em Economia Internacional pela Universidade de Wakayama, no Japão. Ele também se formou em Biodanza pela International Biocentric Foundation, em BH. Em 2012, fez curso de Pittura Tecniche Antiche na Accademia d’Arte, na Florença, Itália.
No portfólio, carrega exposições no Salão Nacional de Belas Artes “Rio 450 anos de Encantos Mil” (2015); “Arte Cidadã”, no Congresso Nacional (2014); “Artisti Brasiliani”, em Roma, na Itália (2012); “BRASILUSA”, em Nova Iorque (2011), entre outras mostras que fez o artista rodar o Brasil e outros países.
Em 2015, recebeu a Medalha de Prata no Salão Nacional de Belas Rio 450 Anos de Encantos Mil. Já em 2012, conquistou o prêmio MG Cultura, concedido pelo jornal MG Turismo e Cultura.
Matéria de Douglas Caputo de
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